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O Império Contra-ataca. Primeiro o fim do mundo figurativo. Agora o fim do mundo literal. Não bem. Mas quase. Só um bocadinho mais a Norte.

Friday, August 18, 2006

Um passeio pela baixa de Argel

No outro dia ao final da tarde fui dar um passeio com o Emanuel pela baixa de Argel. É a única parte da cidade que se pode considerar gira. O problema é que para a considerarmos como tal temos de nos manter nas unicas duas ruas que o são de facto. Aqui, ainda se nota bem a presença dos Franceses na Argélia. Principalmente na arquitectura de alguns prédios que contrastam com os outros, marcadamente de arquitectura Árabe. Infelizmente, quase todas as fotos foram tiradas do carro porque não convem arriscar muito. Tirar fotos no passeio só se for muito rapidamente. Todas as que tentei tirar reparei logo em olhares "mal interessados" direccionados a mim e, particularmente, ao que tinha na mão.

Por esta rua se pode dizer que Argel já deve ter sido uma cidade bonita. Tem tudo para o ter sido. Uma baía enorme que abraça o mediterrâneo, um piso acidentado mal começa a terra. Se olharmos para Argel a partir do mar, a cidade sobe numa montanha enorme. O problema é que entre a independência e a guerra civil, Argel foi uma cidade que cresceu desmesurada e desorganizadamente. Não foi criada com as infraestruturas (esgotos e afins) para os 6 milhões de pessoas que aqui vivem, e a sensação que dá é que os prédios eram construídos em qualquer lado. Depois, se desse, fazia-se uma estrada aos S's a passar pelos prédios que cresceram sem critério.

É caso para se dizer que Argel até podia ser giro. Se terraplanassem 90% da cidade e começassem tudo de novo.

A rua onde estive é essencialmente uma rua de comércio. Com várias lojas e bancas nos passeios. A oferta é que não varia. Entre peles de serpentes com 3 metros, cinzeiros, burkas, salvas de ltão que servem de mesa e chichas (Nargilés, para quem não sabe) também se vê muita pulseira e colar. Mas o que salta mais à vista, até porque nos deixa cegos, é o dourado. Estes tipos abusam no dourado. Tudo tem que ter um bocadinho daquele amarelo cintilante. Cinto? Faz-se a presilha dourada. Cinzeiro preto? Bota-lhe uns desenhos dourados. Lenço com lantejoulas? Se não tem dourado não presta. Acho que até as mulheres por baixo das burkas devem ser douradas para agradarem aos maridos.


Este é o edifício do Grande Poste. O posto de correios central de Argel. Ser um edifício tão grande só encontra justificação num dado estatístico: apenas 100.000 pessoas no país têm internet em casa. E lembrem-se que só Argel tem 6 Milhões. E estamos a falar do segundo maior país de África.


Um prédio ridiculamente estreito. A lembrar alguns que se podem encontrar na Baixa do Porto



A tal arquitectura francesa. Pelo menos é o que eu acho que é.





2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Se fosse azul não te queixavas tanto ......

21/8/06 11:53 AM

 
Blogger safinez0007 said...

Eu sinto falta de Alger

22/11/10 2:09 PM

 

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