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O Império Contra-ataca. Primeiro o fim do mundo figurativo. Agora o fim do mundo literal. Não bem. Mas quase. Só um bocadinho mais a Norte.

Wednesday, August 02, 2006

Ai que bom

Hoje o dia correu mesmo bem. Passo a explicar. Começou ontem mais ou menos à meia noite e meia. Falhou a luz. Precisamente no momento em que iamos a sair da Coba, as luzes das casas apagaram-se. Algumas das luzes da rua mantiveram-se acesas mas no geral não havia luz. Fomos para casa, como estava previsto rezando para que a falha não fosse grande. É que sem luz não há ar condicionado e sem ar condicionado não se aguenta o calor. Pois bem. Cheguei a casa, joguei computador até a bateria acabar e preparei-me para dormir com o calor infernal que estava. Quando estava quase a adormecer, eis que começo a ouvir um barulho estranho. Seriam baratas? Outro bicho estranho qualquer? Não! Pior! A torneira do lava-loiça desatou a verter. Ora isto às 2 da manha é sempre bom. Vai daí pus uma esponja por baixo para abafar o barulho da água e voltei para a cama. O calor era cada vez mais insuportável. Enfim... lá adormeci. O pior ainda estava para vir. Acordei, olhei para o relógio e faltava uma hora para a hora combinada com o motorista da efacec. Levantei-me e percebi que a luz ainda não tinha voltado. A torneira deitava água ainda com mais força. O calor era horrível mas enfim. tomei banho (às escuras, claro). Pequeno almoço tomado, decidi fechar a água na torneira geral para nao ficar ali a pingar. Quando a fechei qual não foi a minha surpresa quando percebi que muito embora a água ficasse com menos pressão nas torneiras não parava de correr. A juntar a isso começou também a pingar na torneira geral que por acaso é na sala, onde é o meu quarto também. Decidi então deixar a torneira ligada que pelo menos assim não pingava na sala e enrolei um pano à volta da torneira do lava-loiça para não salpicar a cozinha toda. Entretanto o chão já estava todo molhado porque o frigorífico começou a descongelar. Enfim... paciência. Não havia nada a fazer. Olhei para as horas. O Sofiane (o motorista/salvador/amigo) já devia ter chegado. Telefonei-lhe. Disse-me que tinha umas coisas para tratar que me apanhava daí a meia hora. Passado uma hora liguei-lhe de novo. Disse-me que só depois de almoço. Às 3 da tarde voltei a ligar e ele disse-me que ia ser muito complicado apanhar-me. Acabei por perceber que ia ficar por casa o resto do dia. O pior é que não havia luz nem nada para fazer. Optei por dar uma volta. Passei por uma mesquita ao pé de casa e espreitei um mercado. Andei mais ou menos 20 minutos ali à volta e voltei para casa. Deitei-me no sofá a ler um livro decidido a esperar que a luz voltasse. Aconteceu às 17h finalmente. Feliz da vida deixei-me ficar um bocado ali a apanhar com o ar fresco do ar condicionado. E pronto. Agora estou na Coba a contar isto. Como viram foi um dia altamente produtivo. Sinto que o PIB da Argélia subiu uns 8% hoje graças ao meu intenso trabalho. Amanhã é um novo dia! E será melhor de certeza. E nessa altura já vou conseguir rir disto. Espero. A não ser que a luz falhe outra vez. :)

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