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O Império Contra-ataca. Primeiro o fim do mundo figurativo. Agora o fim do mundo literal. Não bem. Mas quase. Só um bocadinho mais a Norte.

Tuesday, March 06, 2007

Está aqui um quiosque... não estava?

As chuvas que se fizeram sentir um pouco por toda a América Latina chegaram há dias a Buenos Aires. Não se dêm ao trabalho de gozar com o meu verão porque já foram embora e estou outra vez cheio de calor. De resto, são 2 e meia da manhã e estou a escrever isto de tronco nu a suar que nem um texugo (porco pareceu-me cliché). Mas agora que penso... os texugos suam? Se calhar limitam-se a transpirar. Ou então até apenas sofrem de calores.
Mas dizia eu que as chuvas torrenciais chegaram a Buenos Aires. Por pouco mais de um dia, choveu como nunca vi por cá. Ainda tirei fotos mas não ficaram grande coisa por isso saltei essa à frente. As ruas ficaram alagadas. A Maipú, rua por onde passo todos os dias para ir trabalhar estava completamente inundada e apercebi-me disso quando vi uma mota afundada até metade e pessoas com água pelo joelho. Ah! E o facto de o taxista a dada altura ter dito ""#$"#%&%#$% entrou água no carro não sei por onde tenho o chão todo molhado" também ajudou. Claro que tanta chuva tinha de ter coincidências. A foto que se segue, é de um quiosque que existe num cruzmento bem perto de minha casa. Santa Fé y Callao. Um cruzamento cheio de movimento a qualquer hora do dia e da noite. Ora cá vai:



E dizem vocês: "mas não está ali nenhum quiosque!". E respondo eu: "Bem visto!"
Não está mas esteve. Antes de ter chovido tanto que as terras deslizaram por baixo do quisque, e antes do mesmo ter mergulhado nas entranhas de Buenos Aires garanto-vos que havia um quiosque ali.

E quando vi, enquanto fotografava, dei comigo a pensar: "Eh! Eh! São estas pequenas coisas que ainda me vão lembrando que apesar de Buenos Aires ser o que é não deixo de estar no terceiro mundo, em plena América Latina". Vai daí, pensei que há não muito tempo aconteceu o mesmo em plena Lisboa mas com um Autocarro. E uns tempos depois com três carros. O primeiro em Alcântara e o segundo ao pé de Santa Apolónia. Com a agravante de não ter chovido torrencialmente nesses dias (ou nos dias anteriores mais próximos). Então mudei o raciocínio e pensei: "Bem... pelo menos não é só em Portugal.". Mas depois disseram-me que aquilo tinha acontecido durante a tarde e tendo em conta que eram 21 horas e já lá tinha estado polícia, médicos, bombeiros, televisão e mirones e aquilo que via agora, escassas horas depois, era um buraco perfeitamente limpo (nem sinais do falecido quiosque, enterrado ainda vivo), já com estruturas de suporte montadas para evitar maiores derrocadas e com o buraco devidamente sinalizado e com acesso vedado por barreiras sólidas pensei... não pensei melhor dizendo. Fui-me embora. Sacanas! Até uma pontezinha para dar acesso a uma porta insignificante já tinham metido! Assim não dá gozo...

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

è para admirar, toda essa eficácia, pensa só no tempo que estão a demorar a recuperar o Teatro Cólon e o Palácio Rosa.
Tia L

7/3/07 8:42 AM

 
Blogger Tu(g)areg Porteño said...

Mas para isso há duas razoes:

1- Estao a fazer modificaçoes profundas nas estruturas e por isso demora tempo.

2- Ha que deixar coisas para ver da proxima vez!

:D

7/3/07 10:49 AM

 
Anonymous Anonymous said...

Concordo.... Se nos mostrassem tudo não teriamos razões para voltar.... Ou teriamos?????

7/3/07 4:07 PM

 

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