Dia 9 ::: 16-03-2007 ::: El Calafate
Nota prévia (Ena! Outra! Este blog aumenta de nível a cada dia que passa): Descarregar as fotos que se vão tirando para cd's e carregá-los na mochila ao longo de toda a viagem tem destas coisas... alguns cd's ficaram com algumas fotos danificadas. Felizmente nenhuma foi a mais importante mas praticamente não tenho fotos da cidade de El Calafate. Também não se perde muuuuito. É bonita. Arranjadinha. Mas excessivamente turistica também.
A estafada dos dois últimos dias em Torres del Paine e as poucas horas dormidas nas últimas duas noites, levaram-me a deixar-me ficar a dormir mais umas horas do que seria normal (nesta viagem). Acordo portanto às 13h30. Ainda na ronha pensei que ainda ia a tempo de apanhar a excursão dessa tarde para o Perito Moreno. Vai daí toca a mexer. Tempo é dinheiro e... as minhas pernas não se mexem. Tenta levantar a esquerda... nada. A direita... nada. A única maneira de as mover era ficar com elas esticadas e arrastá-las ao longo do colchão. Bem... a ida ao Perito Moreno ficaria adiada. O dia teria de ser de absoluto ócio, estava visto.
Ficou o dia então para compras, internet e conhecer a cidade. Mas a cidade também pouco tem para mostrar. Resume-se a uma avenida, a Libertador, quem diria. Lojas e mais lojas, agências de viagens e mais agências de turismo, hostels e mais hostels. É uma cidade totalmente virada para o turismo bem ao contrário do que tinha visto em ushuaia. Muito bem arranjadinha, com as suas casas de madeira, chamavam os turistas para comprarem vídeos, canecas, camisolas... enfim tudo e mais alguma coisa alusivo ao Glaciar Perito Moreno. Pouco mais. Muito pouco mais.
Ao final da tarde, notícia agradável. A menina da recepção informa-me que teria de deixar o hostel na manhã seguinte. Depois de acalorada mas civilizada discussão em que tentei explicar que eu tinha dito que ficava no mínimo duas noites acabo mesmo por me conformar. Se não houver desistencias tenho de sair do hostel e procurar lugar novo. Eles marcavam um quarto no outro hostel da companhia que era melhor e custava o mesmo.
No meio desta explicação ouço um familiar "Yes" ao longe. Era ele... Tuki! Ali estava ele! Depois de breve conversa (o inglês melhorou um nico mas no caso dele já é bastante) volto a sair do hostel na companhia de um rapaz brasileiro. Vamos até ao Lago Argentino e ele aproveita para me pedir para lhe fazer um tour de dois dias em Buenos Aires.
Do lago ganha-se maior noção da cidade. Enterrada na terra árida, a cidade está rodeada por um lado de um monte de terra com vários níveis que parece até artificial. Talvez tenha sido aperfeiçoado para proteger a cidade dos ventos patagónicos. Do outro lado estende-se o enorme Lago Argentino. Na sua cor ora verde, ora azul leitoso não permite ver através da sua água. Uma poeira libertada pelos glaciares (que ainda estão muito longe daqui) fica suspensa na água tornando-a intrespassavel ao olhar. Quando o sol lhe bate, a água toma uma cor intensa que não consigo classificar. Um azul perto do turquesa, talvez...


Dia pouco interessante, sim eu sei. Mas extremamente interessante para o meu corpo que agradeceu o descanso e o dia sem correrias. Sol de pouca dura porque amanhã é dia de Perito Moreno. Volto ao quarto. Os meus colegas da noite anterior já eram. Estava agora um casal israelita que não dirigiu palavra. Juro que não é má vontade nem perseguição. Ainda havia de conhecer um simpático um dia nesta viagem. Mas era altura de dormir e não de ser má língua.
No mp3: Ora bem... hoje não houve música. Não sei porque o meu mp3 demora nada mais que 24 horas para carregar a sua bateria ligado aqui à corrente. Paciência... hoje há descanso para os ouvidos.
A estafada dos dois últimos dias em Torres del Paine e as poucas horas dormidas nas últimas duas noites, levaram-me a deixar-me ficar a dormir mais umas horas do que seria normal (nesta viagem). Acordo portanto às 13h30. Ainda na ronha pensei que ainda ia a tempo de apanhar a excursão dessa tarde para o Perito Moreno. Vai daí toca a mexer. Tempo é dinheiro e... as minhas pernas não se mexem. Tenta levantar a esquerda... nada. A direita... nada. A única maneira de as mover era ficar com elas esticadas e arrastá-las ao longo do colchão. Bem... a ida ao Perito Moreno ficaria adiada. O dia teria de ser de absoluto ócio, estava visto.
Ficou o dia então para compras, internet e conhecer a cidade. Mas a cidade também pouco tem para mostrar. Resume-se a uma avenida, a Libertador, quem diria. Lojas e mais lojas, agências de viagens e mais agências de turismo, hostels e mais hostels. É uma cidade totalmente virada para o turismo bem ao contrário do que tinha visto em ushuaia. Muito bem arranjadinha, com as suas casas de madeira, chamavam os turistas para comprarem vídeos, canecas, camisolas... enfim tudo e mais alguma coisa alusivo ao Glaciar Perito Moreno. Pouco mais. Muito pouco mais.
Ao final da tarde, notícia agradável. A menina da recepção informa-me que teria de deixar o hostel na manhã seguinte. Depois de acalorada mas civilizada discussão em que tentei explicar que eu tinha dito que ficava no mínimo duas noites acabo mesmo por me conformar. Se não houver desistencias tenho de sair do hostel e procurar lugar novo. Eles marcavam um quarto no outro hostel da companhia que era melhor e custava o mesmo.
No meio desta explicação ouço um familiar "Yes" ao longe. Era ele... Tuki! Ali estava ele! Depois de breve conversa (o inglês melhorou um nico mas no caso dele já é bastante) volto a sair do hostel na companhia de um rapaz brasileiro. Vamos até ao Lago Argentino e ele aproveita para me pedir para lhe fazer um tour de dois dias em Buenos Aires.
Do lago ganha-se maior noção da cidade. Enterrada na terra árida, a cidade está rodeada por um lado de um monte de terra com vários níveis que parece até artificial. Talvez tenha sido aperfeiçoado para proteger a cidade dos ventos patagónicos. Do outro lado estende-se o enorme Lago Argentino. Na sua cor ora verde, ora azul leitoso não permite ver através da sua água. Uma poeira libertada pelos glaciares (que ainda estão muito longe daqui) fica suspensa na água tornando-a intrespassavel ao olhar. Quando o sol lhe bate, a água toma uma cor intensa que não consigo classificar. Um azul perto do turquesa, talvez...

Eu e o meu amigo de curto prazo brasileiro. Atrás está o Lago Argentino.

Podia ser o meu hostel mas não é. É um dos melhores hotéis de El Calafate, propriedade da família Kirchner, a família do presidente da Argentina. Eu reservo-me para preços mais baratinhos.
De volta ao hostel e à cozinha, rapidamente perco a esperança de fazer grandes amizades por ali. Cheio de Israelitas até aos ossos, alguns americanos daqueles irritantes e uns casais em ambiente romântico. Acabo à conversa com uma mãe e as duas filhas argentinas. Falamos sobre o quão cara é a Patagónia, impossível de ser visitada pela maioria dos argentinos. Aqui em El Calafate, em algumas excursões para levar as duas filhas a senhora gastou um mês de ordenado. E estou a falar em excursões. Não estou a falar de viagens de avião... Política, Portugal, Argentina, Europa, Estados Unidos, Ambiente e cultura são os outros temas da conversa. Acabo a noite a relembrar aquele célebre taxista que conheci em Buenos Aires que lia Fernando Pessoa, poeta que tinha conhecido através de Saramago. E volto a pensar: caramba. Em portugal cultura para a classe taxista é ler o 24 horas e o Record.Dia pouco interessante, sim eu sei. Mas extremamente interessante para o meu corpo que agradeceu o descanso e o dia sem correrias. Sol de pouca dura porque amanhã é dia de Perito Moreno. Volto ao quarto. Os meus colegas da noite anterior já eram. Estava agora um casal israelita que não dirigiu palavra. Juro que não é má vontade nem perseguição. Ainda havia de conhecer um simpático um dia nesta viagem. Mas era altura de dormir e não de ser má língua.
No mp3: Ora bem... hoje não houve música. Não sei porque o meu mp3 demora nada mais que 24 horas para carregar a sua bateria ligado aqui à corrente. Paciência... hoje há descanso para os ouvidos.
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