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O Império Contra-ataca. Primeiro o fim do mundo figurativo. Agora o fim do mundo literal. Não bem. Mas quase. Só um bocadinho mais a Norte.

Tuesday, December 05, 2006

Abre a Boca e abre os olhos (se não é pra ver mais vale ficares em casa).

Aí está! A Boca abriu-se para mim! Finalmente! Ao fim de quase um mês cá, já começava a ter vergonha. No dia em que o Boca quase foi campeão (a decisão fica para a última jornada) fui até à Boca com a Tânia e a Sónia, duas portuguesas do grupo. Podem pensar: Então mas este gajo é parvo? Vai-se meter no meio da Boca num dia de tensão em que se decide um campeonato? Ainda leva uma facada! Não. Não houve qualquer alvoroço, até porque o jogo era ao final da tarde e nem sequer era na Bombonera. Posto isto, foi uma tarde agradável, diria mesmo simpática, com, vá lá, alguns momentos giros.

Vale a pena ir à Boca. Claro que é turistico. Claro que são só 200 metros de rua que valem a pena porque o resto é uma espécie de favela, feia, suja e perigosa. Claro que os preços são exageradissimos. Mas vale a pena. A Costa Nova de Buenos Aires fica junto ao primeiro porto de Buenos Aires, é composta de casas, cada uma pintada de uma cor forte diferente. Fazem um conjunto engraçado. Mais a mais as casas têm um ar de farwest, lembrando o ambiente dos saloons. As ruas estão repletas de tango, artistas e artistas de tango, ou de tanga, como aqueles três putos que nos cobraram 15 (cinco a cada) pesos pelas nossas caricaturas que já vão ver mais abaixo. Aqui vão algumas fotos com alguma percentagem de mete-nojo (esta expressão roubei-a no Aventura Paulista). A previsão é que o nível de mete-nojice aumente uma vez que o próximo fim-de-semana é prolongado e vou aproveitar para fazer uma roadtrip engraçada. Depois avanço pormaiores.

Esta é talvez a esquina mais famosa de Buenos Aires.



Ora aí está uma bandeira que se vê poucas vezes. A bandeira que costuma acompanhar as traduções é, geralmente, a do Brasil. E mesmo quando nos ouvem falar, em 90% das vezes perguntam se somos brasileiros.

Há Carlos Gardel e Che Guevara por todo o lado.














Demos de cara na boca com aquele hermafrodita que aparece nas t.v.'s meia volta. Depois de cair no esquecimento pós quinta das celebridades, acabou na Boca a dançar tango em restaurantes. Adivinham quem é? Ok. Não é. Mas até que faz lembrar. Ora vejam o perfil em baixo:


Uma pausa no Tango para um pouco de ritmo de Samba tocado por Uruguaios. Confuso?






Não fui lá, até porque me disseram que não vale a pena. Mas a placa era gira.


Esta estrutura metálica é muito apreciada por cá. Está em postais, quadros e sei lá mais o quê. Não consegui perceber a razão, a não ser que seja um esboço da Ponte de D. Luís.

Ora aqui estão as nossas caricaturas feitas por esses prodigiosos artistas de rua de 8 anos. Eu estou muito parecido. A começar pelo colar que não tenho. Ainda bem que disseram que era caricatura. Se tivessem falado em retrato tinha ficado mais preocupado.

San Telmo

S. Telmo é particularmente conhecido por ser um dos bairros mais típicos de Buenos Aires e pela sua enorme feira de antiguidades, ou antiguarias como diriam alguns. Sinceramente não achei nada de especial... mas também já cheguei tarde e a feira já estava praticamente toda fechada. Tenho de lá voltar. Gostei dos cafés, típicos argentinos, mas não tirei fotos. Peço desculpa. Erro a corrigir, certamente. Aqui há bastante Tango de rua. A dada altura estavam uns artistas a dançar para as pessoas que passavam. Era uma roda enorme de gente à volta deles a assistir. No minuto seguinte, quando olhei novamente, estava toda a gente a dançar. Ainda bem que saí de lá a tempo. Senão ainda tinha magoado alguém. Fotos de S. Telmo, só tenho de uma espécie de parada que passou na rua com tambores bem altos e com uma dança estranha que incluia aquele pontapé esquisito que certamente se lembrarão do primeiro Karate Kid. Sim. Aquele em que levanta uma perna e depois dá o pontapé com a outra. Esse mesmo. Não conseguimos perceber que dança era aquela. Sinceramente... acho que nem eles perceberam. A meio... houve um choque de paradas entre esta e uma do Boca que estava a passar e a festejar antecipadamente o campeonato (se fossem do Benfica já deviam saber que não se faz isso).


No meio do desfile apareceu-nos esta personagem. Na senda de descobrir semelhanças entre as pessoas fotografadas e personalidades de Portugal fiquei indeciso em associar esta pérola à Betty ou à Maria do Céu Guerra. Mas como em cima já apanhei o hermafrodita acho que fica bem dizer que veio para Buenos Aires ganhar a vida mas trouxe a sua amada que desfila nas ruas num bairro contíguo. Acaba por ser romântico. Amor e uma barraca na Boca.



O encontro entre as falanges.

E pronto. Foi isto. Desculpem se não se riram muito com o texto mas, já se sabe, é sempre mais fácil rir com a desgraça dos outros do que com a sorte deles. Mas há que ter esperança. Quem sabe um dia não acontece por aqui uma "desgraça" engraçada comigo?

1 Comments:

Blogger Ana S. said...

Inveja.

Olha, já decidiste quando é que vais ao Rio?

7/12/06 4:45 AM

 

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