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O Império Contra-ataca. Primeiro o fim do mundo figurativo. Agora o fim do mundo literal. Não bem. Mas quase. Só um bocadinho mais a Norte.

Wednesday, July 18, 2007

Dia 16 ::: 23-03-2007 ::: Pucón

4:10. Batem-me à porta do quarto. Tinha adormecido nervoso com medo de não acordar de maneira que saltei da cama. Olhei para as horas e percebi que estava atrasado. Era o empregado do hotel. Parece que a carrinha estava há cinco minutos lá fora a buzinar e ele acordou. Aliás... ele e, suponho, o resto do hostel também. Só eu é que não. Enfim... nada de novo. Mas desta vez para previnir este tipo de situação já tinha tudo pronto de maneiras que foi só o tempo para uma lavagem à gato e sair porta fora.

Pela frente tinha meia hora de viagem numa carripana durante a qual tentei o impossível: dormir. O caminho foi feito aos saltos de maneira bastante violenta pelo que entre tentar dormir e não escutar o barulho tinha de me preocupar também em não cair do banco e em não bater com a cabeça em lado nenhum.

A carrinha deixou-nos a meio caminho entre a base e a cratera do vulcão. Era o Villarica, um dos vários vulcões da região, mas o único em actividade. Saído da carrinha, o frio que se fazia sentir acordava-me imediatamente. No escuro com uma ou outra lanterna tornava-se difícil conhecer as caras dos meus companheiros de subida. Ficaria para mais tarde portanto. No escuro, podiamos ver lá no alto, naquilo que devia ser o topo que não viamos, uma mancha vermelha. Era a luz da lava reflectida no fumo dizia um dos guias. É um bocado arrepiante a ideia de que debaixo dos nossos pés está aquela coisa vermelha e escaldante (para usar um eufemismo) que só estamos habituados a ver na televisão e relacionado com coisas não muito boas. A ideia de que aquilo podia rebentar a qualquer momento cruza-nos imediatamente o pensamento ainda que saibamos que não é verdade. Hoje já existem mecanismos que permitem prever com alguma antecedência uma erupção.

Começamos então a subida. Começando aos 1400 metros sabemos que o destino está praticamente nos 3000. São por isso 1600 metros a subir, como é óbvio muito pouco em linha recta. Por alguma razão demoramos 6 horas (tempo previsto) a subir. A primeira parte foi feita um bocado em piloto automático. Bem perto de um dos caminhantes que teve direito a lanterna para ver o caminho, ia subindo sem olhar para lado nenhum sem ser o chão. Nesta fase limitavamo-nos a seguir as cadeirirnhas da estância de sky, ridículas, enterradas naquela areia preta, sem finalidade aparente. Vivem para o inverno. É como os Ursos mas ao contrário.

Ao fim uma hora de caminhada, chegamos ao fim das cadeiras. É tempo para a primeira paragem. A claridade já permitia ver lá em baixo Pucón, trilhado entre o vulcão e o lago. O cone do vulcão também já se mostrava, envolto no seu enxofre que não tardariamos a sentir. Pequeno almoço em punho, ali ficámos meia hora a apreciar o nascer do sol e a dar descanso ao corpo porque a primeira parte foi puxadam, entre terra solta e areia. Aproveito também a luz para conhecer as caras dos meus novos companheiros. Além dos dois guias, mais seis turistas. Na memória ficaram duas australianas, dois holandeses e uma rapariga que penso ser dinamarquesa ou algo do género. O sexto elemento era um homem, meio palerma e não me lembro da nacionalidade.

Sunrise in Pucón.
Pucón lá em baixo. Pequenina e brilhante.
Descansadas as pernas, confortado o estômago, recuperado o fôlego e satisfeita a necessidade fotográfica seguimos caminho. O terreno muda completamente. A terra e areia preta dão agora lugar a enormes pedregulhos de lava, rugosos e ásperos. Pelo meio, os restos de uma antiga estutura de cadeiras da estância de sky que aqui havia na década de 80 e que foi destruída na última grande erupção.

O primeiro lençol de gelo. Este passou ao lado do trajecto. Mais à frente havia de ser diferente.
É uma daquelas coisas que inspira logo confiança. As ruínas das antiga estância de Sky destuídas pela erupção de 1984.


E eis que surge o primeiro lençol de gelo. E por alguma razão o guia achou que ainda não havia necessidade de usar os espigões pelo que seguimos com as nossas botitas sobre gelo. Sentia-me tão seguro como aquele carro que ficou a balançar no cabo Espichel e... caiu. A verdade é que nunca estive perto de cair mas andar sobre gelo de forma lateral relativamente à descida cujo fim não via tornaram aquela meia hora de caminhada uma das maiores de toda a viagem. Não acabava nunca. Dei a entender ao guia que não me sentia muito seguro. Vai daí o tipo saca-me da picareta que fazia parte do meu equipamento e dá-ma prá mão para usar como bengala. Grande solução. Agora tinha duas preocupações:


1- Onde punha os pés.
2- Não espetar a picareta numa perna.

Acrescia a isso o problema de se aquela picareta ser suposto ser bengala ter sido feita à medida de um anão. Daí que ou eu me curvava muito ou aquilo não fazia grande efeito. Acho que foi mais para me calar. Acho mas não tenho a certeza. Ou então tenho...
Terminado o primeiro lençol de gelo (graças a Deus), tempo para mais uma caminhada sobre rochas. Estavamos agora bem mais alto do que na primeira paragem e a vista que tinha só me fazia ansiar por chegar ao topo. A cratera estava bem mais próxima e tinha também um ar bem mais ameaçador.


O fim do primeiro lençol de gelo. Graças a Deus!!
Esta foto lembra-me sempre da Irmandade do Anel a caminhar em direcção às fornalhas de Mordor.

A dada altura parámos. Tinha chegado a hora do gelo a sério. Espigões nos pés, picareta em punho, gorro na cabeça e creme no nariz aí estou eu pronto para a subida (ou nem tanto mas não podia mostrar. Havia raparigas no grupo caraças!!).



All set!! (pelo menos por fora!)

Olha o espigão bonito. Amigo e ajudante!
Enquanto para fora mostrava um sorriso parvo, por dentro encorajava-me com frases como:

"Vá! Se fosse realmente perigoso isto não era permitido a amadores como eu!"
"Não sejas parvo! Tanta gente faz isto... não pode ser tão difícil!"

Enquanto repetia estas frases para mim o guia ia dizendo:

"Jamais larguem a picareta! Se cairem e a largarem o mais provável é morrerem! Porque a picareta serve para espetar no chão para travar. Se não a tiverem só param lá em baixo ou espalmados numa pedra!""Ainda aqui há umas semanas morreu aqui um tipo por causa disso!"

e vira-se para o guia: "Lembras-te daquela senhora que caiu aqui a semana passada e partiu as duas pernas?"

EU PERCEBO ESPANHOL PÁ! ELES NÃO MAS EU PERCEBO!!!

Mas a melhor recomendação de todas foi sem dúvida:

"Cuidado ao andar com os espigões. Não colem as pernas. Não estando habituados se não tiverem cuidado acabam por prender os espigões de uma bota na outra e caem. É o acidente mais comum por cá!"

Ora sabendo eu do meu extenso historial de tropeções e trapalhices (que tanto faziam rir o André) era evidente para mim que a partir daquele momento estava feito. Chegar ao topo deixava de ser o objectivo. Chegar ao fim vivo parecia-me agora muito mais importante.

Nesta insegurança toda, a primeira parte da viagem sobre o gelo foi pouco menos que ridícula. Andando muito de vagarinho em trilhas já desenhadas pelas excursões dos últimos dias, faziamos zigue-zagues muito fechados de maneira a subir sem grande inclinação. Cada curva era uma aventura. Trocar a picareta de mão, rodar o corpo sem me desiquilibrar. Olhar para baixo estava fora de questão porque com as minhas vertigens perdia por completo o equilíbrio. A caminhar, um pé seguia muito vagarosamente o outro. A cada passo pisava muito bem o chão onde me ia apoiar para ter a certeza que o gelo não cedia. Isto mesmo depois de já ali terem passado 4 pessoas. Ainda por cima, o caminho tinha a largura para pés normais. Não para as minhas barbatanas pelo que aquilo para mim aumentava muito mais a probabilidade de tropeçar.

Uma das poucas fotos que tive coragem de tirar nesta fase da subida.

A adrenalina estava nos píncaros meus amigos. E o arrependimento também. O caminho ia sendo feito sempre junto a ribanceiras cujo fim não estava à vista. Com medo do que via, tendia a inclinar-me para a subida, apoiando todo o meu peso na picareta. Várias vezes o guia tentou obrigar-me a andar direito. Dizia "Caminha direito! É mais seguro." Eu olhava para a descida que estava do outro lado e dizia "Ta parvo o gajo!". Andámos nisto um bom bocado até eu me habituar a andar assim.

Pelo caminho iamos parando algumas vezes para descansar, beber, comer e fotografar. E havia uns sacanas que tiravam a máquina da mochila e caminhavam com enorme à-vontade pelo gelo para escolher o melhor ângulo. Eu, quando parávamos, tinha por primeiro objectivo sentar-me no gelo bem seguro. Depois tirava a máquina e sem sair do sítio fazia as fotos que podia fazer dali. Era o melhor que conseguia.
Daí que não tenha tirado muitas fotos. Estava mais preocupado em agarrar a picareta com toda a minha vida para poder tirar a máquina.


Bem sentadinho no gelo é que tu estás bem!


O que vale é que não se vêem as pernas a tremer.

Há uns mais relaxados que outros. Mas este era o guia.
Ah gelo limpinho não é? Mas na encosta de um vulcão compreende-se.

Já estava mais calmo agora. Acho que me estava a habituar a andar com aquilo e com aquela inclinação. As curvas eram feitas de forma automática e caminhava agora em passos seguros. Até que... "PAREM!!! PAREM!!!"

Perante o tom de voz achei que o melhor era mesmo parar e decidi tirar os olhos do gelo.

Patapum, Patapum, Patapum. Um calhau gigante rodava montanha abaixo mesmo ali à nossa frente. Por uns segundos tinha-nos apanhado. Se isso acontecesse era "Vemo-nos lá em baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaixo!!". Fiquei logo muito mais seguro. A vantagem de pararmos ali foi que pudemos observar uma enorme gruta de gelo que se abria no chão mesmo ao nosso lado.

O dia estava limpo, com um céu e um sol fantásticos. Mas havia um problema: o vento. Dizia o guia que como estava não iamos conseguir subir à cratera. Ora a ideia não me agradou. Se me tinha metido naquilo era para ver a cratera. A ideia de todo aquele pânico e sacrifício para não chegar ao topo desagradava-me, vá lá, bastante.

Ao fim de uma hora chegamos ao fim do gelo. O porquê daquela ultima parte da subida não ter gelo aparece quando ponho a mão no chão. Está quente. Muito quente. Volta-me à cabeça a ideia de ali a escaços metros de profundidade estar uma piscina na qual mergulhar não seria propriamente refrescante. Tirámos os espigões que já não eram necessários e iniciamos a parte final da escalada. Os ventos tinham mudado na última hora felizmente e iamos mesmo chegar à cratera. Livre do terror de caminhar no gelo, começo a dar atenção às minhas pernas. Não respondem lá muito bem. Doem que se farta. Só agora é que me apercebi. E isso fez desta última parte a pior da subida. Ter de trepar calhaus (um bocado como em Torres del Paine) sem forças nas pernas foi tarefa árdua e demorada. E a cratera que parecia estar mesmo ali.

Até que... cheguei!!!!
Et voilà! (ena por momentos voltei a Argel. Ah francês, francês...)

O cenário era de fim do mundo! Ou de início.... À nossa frente abre-se uma enorme garganta. As suas paredes são verdes e pretas. A toda a volta, enormes pedregulhos de lava solidificada assumem diferentes cores. O preto impera, claro, logo seguido do verde. Mas o vermelho e o dourado (!) também marcam presença. O piso de pedras soltas a resvalar convidava a alguma prudência no aproximar à cratera. Com todo o cuidado chego lá. A felicidade pelo feito faz-me encher os pulmões para dizer "YAHOOOOOOOOOO!" mas so cheguei ao "Yah" que se seguiu de um violento ataque de tosse, vómitos e tonturas. No preciso momento em que insiprei fui atingido por uma núvem de enxofre que chegou a mim invisível e me inundou os pulmões daquele cheiro isuportável. Só para eu não ter a mania. Mas não era hora para lamentos! Rapidamente me refiz e continuei a apreciar a vista.

"Yah... COF COF CASP BARLG HUGH BRUUMP" - Belas onomatopeias.

Os guias cumprimentavam individualmente cada um dos turistas. Era caso para isso. O esforço tinha sido enorme e não duvido que nem toda a gente consiga chegar ao fim.

Apreciava a vista da cratera e uma paisagem de 180 graus em redor da cratera. Ao longe cones de outros vulções extintos rompem a terra em direcção aos céus. É um cenário incrível. Aqui e ali volto a sofrer ataques de nuvens de enxofre. Elas são assim. Ao longe são perfeitamente visíveis mas quando estão ali mesmo ao lado não nos apercebemos. E geralmente escolhem os momentos em que decidimos inspirar vigorosamente pelo nariz.
Foi também momento de recordar o Filipe. Esse puto do acampamento de ciganos que andava na minha turma do quinto ano na preparatória de Paranhos. Em todo o ano a ciências só acertou uma resposta em testes. À pergunta "Como se chama a formação representada na figura?" ele respondeu, e passo reproduzir a forma exacta como escreveu: "É um bulcom!" (A vingança serve-se fria. Estás a ver Lipe? Nunca me devias ter tentado gamar aquela bola de futebol! hehe).


Tanto cone! Nem tudo será vulcão mas alguns são certamente.

Olha o Bulcom!!!

Group pic.

Há que reabastecer as energias.



Não vi lava. Às vezes vê-se. Há alturas em que o vulcão está mais activo e é possível ver-se. De resto podia ter pago uma fortuna e ter sobrevoado o vulcão para a ver mas isso é para outras carteiras. Reparei depois que vendo o vulcão do Google Earth se consegue ver a mancha vermelha. Algumas excursões descem um pouco na cratera para ver a lava se não se vir do topo. Mas isso fica à responsabilidade do guia e os nossos eram muito responsáveis (nem um único acidente com eles até hoje e por isso são os únicos a ter licença para iniciar a subida de noite). Segundo eles não estavam boas condições para descer. Havia demasiado enxofre. E para mim também já tinha sido aventura suficiente. Embora se descessem eu acompanhasse! Fotografias e mais fotografias, chocolate, empanadas e água. Muita água. Quando era hora de descer podiamos ver lá em baixo do tamanho de formigas as dezenas de pessoas que estavam agora a começar a subida.

A descida foi mais fácil. De resto, a descer todos os santos ajudam, o que nestes caso pode não ser assim tão bom. Já não faziamos tantos zigue-zagues. Cortavamos a direito pelas subidas inclinando o corpo ligeiramente para trás para manter o equilíbrio e fazer mais peso sobre os espigões. No inverno, quando o cone está todo coberto de neve, a descida é feita a deslizar com a ajuda da picareta para travar. É mais fácil, mais divertida e menos cansativa. Mas nesta altura com pouco gelo é irresponsabilidade fazer isso. Aqui e ali as pedras rompem o gelo e tornam-se muito perigosas para quem desliza. Que o diga o israelita que resolveu deslizar há dois dias, com outros guias e que acabou com a cara toda aberta numa pedra.

Os gigantes (leia-se nós) a descer e as formigas a subir.
Um pedaço de algodão veio cumprimentar-nos. E reduzir significativamente a visibilidade também...

Chegados ao fim e depois de recebermos um reforço de parabéns dos guias, ponho-me a fazer contas. 1600 metros de subida e descida, transformados em muito mais kilometros pela enorme quantidade de zigue-zagues. 6 horas a subir, 2 e meia a descer. Mais uma conquista. E o nosso Ego volta a estar inchado. Saimos dali orgulhosos de nós mesmos.

De regresso, paragem no Backpackers Hostel onde nos esperavam umas cadeiras no jardim e umas cervejas. Recuperamos forças ali mesmo à conversa num ambiente bem disposto e relaxado onde não faltaram picardias com os Holandeses à conta do Mundial. A meio da tarde volto para o Hostel para descansar um pouco. O dia ainda não tinha acabado.

Acordo às 19h30. Meia hora para tomar banho, comer e comprar vinho. O vinho era para as Termas que me esperavam, ao ar livre naquela noite limpa e fantástica. Viria a revelar-se um erro. As bebidas que se levam para as termas devem ser frescas e não alcoólicas. Mas também só soube disso depois de vir embora. Comigo vão as duas australianas do vulcão e uma americana. Após uma viagem de uns 45 minutos à conversa eis as Termas Pozones. Várias piscinas de água termal bem quente, sob um céu estrelado lindo, no meio de um bosque sem nada à volta, só nós (e a cambada de turistas que também lá estava lol) e um vento frio na cara. A piscina principal tinha uma temperatura de 40ºC. Foi o ideal para relaxar as pernas do esforço da manhã/tarde. A companhia era boa, o cenário perfeito e o vinho uma porcaria. Também era o vinho mais barato do supermercado. Ao lado dele, o vinho carrascão é casta de primeirissima qualidade multipremiado. A brincadeira de alternar entre o chuveiro de água gelada e as termas pode parecer masoquismo. Mas é na realidade fantástico. Além de relaxar os músculos, parece que nos revigora. Daí que depois de uma primeira experiência repeti o feito mais algumas vezes.

Água a 40 graus, ceu estreladissimo, vento fresquinho.... perfeito!
Ai não se pode beber álcool? Ups...
Ao final de 3 horas ali a rodar tipo frango na brasa regressámos a Pucón cada um para o seu Hostel. Para o dia seguinte tinha planeado passear apenas por Pucón. Mas a coisa mudou. Combinámos fazer juntos de manhã Hidrospeed se ainda houvesse lugar na excursão. Era uma despedida radical da cidade de desportos radicais.


No mp3 - Tales of a scorched earth - Smashing Pumpkins (confesso que a música já estava escolhida à partida pelo nome hehe)

1 Comments:

Blogger Gisele said...

Olá! Gostaria de parabenizá-lo pelo seu post sobre Pucón (em especial a subida ao Vulcão Villarrica). Me emocionei, dei risadas e me encantei com as descrições que você passou.
Irei em dezembro para Pucón e este é o meu maior objetivo lá. Confesso que depois do seu relato fiquei com medo e preocupada. Mas tentarei mesmo assim.
Ainda estou em dúvida quanto a subir de madrugada.. Você gostou dessa opção, ou acha que subir mais tarde é melhor?
Se puder me enviar mais dicas, agradeceria (gisa.mar@ig.com.br)
Abraço,
Gisele (Brasil)

21/11/09 10:50 AM

 

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