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O Império Contra-ataca. Primeiro o fim do mundo figurativo. Agora o fim do mundo literal. Não bem. Mas quase. Só um bocadinho mais a Norte.

Wednesday, August 30, 2006

1 Mês - Quando o tempo passa rápido mas não tanto quanto seria de esperar.

Ponto prévio (ena o meu blog já tem disto. espectáculo): Este post está a ser escrito quando passam já alguns dias desde que fez um mês que cá estou.

Quando eu era pequenino, um mês tinha uma imagem intemporal. De infinito. O que vinha daí a um mês era mais ou menos a mesma coisa que ser no dia de S. Nunca. Ainda me lembro quando gamei aqueles 2 contos aos meus pais. Andava na primária e estourei tudo em bolos e pouco mais. Claro que fui apanhado (quem não é?) e tive direito a castigo. O castigo foi 1 mês inteiro sem comer doces e quem me conhece sabe o que isso custou. Não era à toa que a minha alcunha era Xalo Bomboca e a frase mais famosa era "Oh buôa(1) dá-me uma chicla!". Ora um mês para mim era como passar o resto da vida sem comer doces. Foi o desespero. Cumpri o castigo religiosamente. Ainda hoje me lembro de cada doce que tive de recusar. Mas o susto que apanhei quando me disseram para fazer a mala que ia para a prisão não me saia da cabeça e pelo sim pelo não era melhor obedecer. Até os rebuçados que recebia da minha professora como prémio por ler um texto correctamente eram guardados numa caixa à espera que o mês passasse. Quando o mês finalmente passou... corri para essa caixa mas os rebuçados (Catraias lembram-se? Aqueles rebuçados que eram basicamente açúcar em ponto) estavam completamente derretidos numa amalgama de sacarose e papel. Não quis saber. Comi na mesma e souberam-me pela vida.

Posta esta bela introdução acerca da nossa falta de consciência do que é um mês quando somos pequenos, passo para o presente. Hoje em dia para nós, um mês passa a correr. Não foi bem o caso por aqui. Este custou cada um dos seus 31 dias. Não passou rápido o que é chato por dois motivos. 1. Porque se estivesse mesmo a gostar da experiência isto teria passado mais rápido; 2. Porque não estando gostaria que tivesse passado mais depressa. Mas é mesmo assim. Já passou um mês e já estou em pleno segundo. Vamos olhar para a frente e ver o que acontece. Entretanto, deixo aqui um balanço daquilo que sinto e não sinto falta neste mês que passou. As pessoas, essas deixo-as de fora porque já estão fartas de saber que tenho saudades delas e se não sabem então também não merecem a referência :P.

Então cá vai:

Coisas de que sinto falta ao fim de um mês

- Ruas sem esgotos ao ar livre e lixo por todo o lado
- Civismo
- Carne de Porco
- Cais de Gaia e Costa Nova
- Francesinha (poderá estar incluída na carne de porco?)
- Discussões futebolísticas em que todos apoiam a minha visão dos factos porque são todos portistas
- Autocarros grandes
- Pacotes de açúcar nos cafés
- Pronúncia do Norte (aqui se calhar até existe mas eu ainda não percebo bem o árabe)
- Manuela Moura Guedes
- Entrevistas com o Luís Filipe Vieira


Coisas de que não sinto falta ao fim de um mês

- Discursos do Cavaco Silva (deixem só chegar aos 4 meses que acho que até disso vou sentir falta)
- Palavras como incipiente ou ideossincrassias
- A falta de capacidade para convencer que realmente sente o que diz da parte do Sócrates
- Referências à vergonha que é o esquecimento do Apito Dourado (como é que pode estar esquecido se ainda pelo messenger todos os dias tenho alguém a falar disso?)
- Automobilistas que insultam outros (aqui tb há mas eu não percebo os insultos)
- Noticiários deprimentes todos os dias às 8 da noite.
- Listas da UE a dizer que Portugal é o último país da UE nisto ou naquilo
- Pagar 2 euros por um café
- Emplastro
- Capas do jornal A Bola
- Sinos de igreja (aqui substituidos por um chamamento para a prece que se ouve por toda a cidade 5 vezes por dia sendo que a primeira é às 4h30 da manhã).

Claro que qualquer uma das listas podia ser mais extensa. Mas aí corria o risco de tornar este meu post maçador. Ai já é? Bolas...
(1)- Avô em linguagem tripeira para que não conhece.

Friday, August 25, 2006

Para matar saudades

Enjoy! :)

Musicas do Mundo

Ok. Admito. Estamos viciados nisto. Agora vejam os vídeos e digam a Argélia não nos está a fazer mal. :)




Monday, August 21, 2006

O bom da Argélia (rúbrica rara!!! aproveitem porque nao vao ler este titulo mtas vezes)

O bom da Argélia é que posso ter um jantar à luz das velas com outro gajo num restaurante com um ambiente intimo e partilhar uma chicha com um só bucal e ninguém confunde as minhas orientações sexuais. Então se eles aqui até andam de mão dada e dão beijinhos na cara uns aos outros... mas só entre homens. Com mulheres não. Coisa de macho... :P

Saturday, August 19, 2006

Hoje há bola!

Afinal parece que a RTPi serve para mais alguma coisa além de passar atestados de estupidez aos emigrantes.

Friday, August 18, 2006

Uma noite agradável.

Por uns minutos ainda deu para pensar que estavamos em Portugal no Tuareg. Depois veio o empregado e disse: Rahkam Aahahm Tutukamoh Tuntakaka? E eu voltei a realidade.

Agora a sério. Estivemos num restaurante/café engraçado. Por fora parece um café normal. Com uma esplanada normal. Felizmente estava cheia, o que nos obrigou a investigar o interior do estaminé. E descobrimos algo que não estavamos de todo à espera. Duas salas completamente à parte. Escolhemos a do andar de cima. Forrada a alcatifas e tapetes (paredes e tecto incluidos) dava a sensação de estarmos numa daquelas tendas dos Tuaregs. Sofás baixinhos corridos, bastante confortáveis e puffs à volta das mesas. Estas eram o mais típico possível. Grandes salvas de prata (?) com apoios de madeira. Ainda para mais tivemos direito a ver homens normais e raparigas vestidas à europeia. Algumas até pouco vestidas, diga-se. Depois de um bom jantar, com direito a salada e tudo e umas coca-colinhas (não serviam álcool, mas também aqui nunca se pode ter tudo) fomos para a famosa chicha de menta. Tivemos de pedir um bocadinho de papel de prata para por no bucal (?) uma vez que eles não tinham boquilhas e à entrada vimos que os empregados (com aquela placa dentária saudável como é típico dos argelinos) para acenderem as chichas, puxavam pela mesma mangueira que depois levavam para a mesa para os seus clientes. Ora eu, que já não gosto muito de estar aqui, tenho mais que fazer do que dar beijos na boca (ainda que indirectamente) a empregados argelinos com dois dentes (um podre e o outro a cair). hihihi. Mas esteve-se bem, esteve-se agradável. =)

Os três desterrados

Mas que pose tão bela Manel

Emanuel... eze eze.... (eu tinha uma foto dele com uma pose mais decente. Mas não ia ter metade da piada. Três dias depois, eu e o Manel ainda nos rimos quando vemos esta.

Eu também nunca disse que era fotogénico.

E finalmente, a fonte do pecado.

Um passeio pela baixa de Argel

No outro dia ao final da tarde fui dar um passeio com o Emanuel pela baixa de Argel. É a única parte da cidade que se pode considerar gira. O problema é que para a considerarmos como tal temos de nos manter nas unicas duas ruas que o são de facto. Aqui, ainda se nota bem a presença dos Franceses na Argélia. Principalmente na arquitectura de alguns prédios que contrastam com os outros, marcadamente de arquitectura Árabe. Infelizmente, quase todas as fotos foram tiradas do carro porque não convem arriscar muito. Tirar fotos no passeio só se for muito rapidamente. Todas as que tentei tirar reparei logo em olhares "mal interessados" direccionados a mim e, particularmente, ao que tinha na mão.

Por esta rua se pode dizer que Argel já deve ter sido uma cidade bonita. Tem tudo para o ter sido. Uma baía enorme que abraça o mediterrâneo, um piso acidentado mal começa a terra. Se olharmos para Argel a partir do mar, a cidade sobe numa montanha enorme. O problema é que entre a independência e a guerra civil, Argel foi uma cidade que cresceu desmesurada e desorganizadamente. Não foi criada com as infraestruturas (esgotos e afins) para os 6 milhões de pessoas que aqui vivem, e a sensação que dá é que os prédios eram construídos em qualquer lado. Depois, se desse, fazia-se uma estrada aos S's a passar pelos prédios que cresceram sem critério.

É caso para se dizer que Argel até podia ser giro. Se terraplanassem 90% da cidade e começassem tudo de novo.

A rua onde estive é essencialmente uma rua de comércio. Com várias lojas e bancas nos passeios. A oferta é que não varia. Entre peles de serpentes com 3 metros, cinzeiros, burkas, salvas de ltão que servem de mesa e chichas (Nargilés, para quem não sabe) também se vê muita pulseira e colar. Mas o que salta mais à vista, até porque nos deixa cegos, é o dourado. Estes tipos abusam no dourado. Tudo tem que ter um bocadinho daquele amarelo cintilante. Cinto? Faz-se a presilha dourada. Cinzeiro preto? Bota-lhe uns desenhos dourados. Lenço com lantejoulas? Se não tem dourado não presta. Acho que até as mulheres por baixo das burkas devem ser douradas para agradarem aos maridos.


Este é o edifício do Grande Poste. O posto de correios central de Argel. Ser um edifício tão grande só encontra justificação num dado estatístico: apenas 100.000 pessoas no país têm internet em casa. E lembrem-se que só Argel tem 6 Milhões. E estamos a falar do segundo maior país de África.


Um prédio ridiculamente estreito. A lembrar alguns que se podem encontrar na Baixa do Porto



A tal arquitectura francesa. Pelo menos é o que eu acho que é.





Finalmente, eis a EFACEC Algerie

Cá estão umas fotos do exterior e interior da EFACEC. Enjoy!








Monday, August 14, 2006

Uma boa notícia!

Caros amigos... a torneira já não pinga nem escorre! Voltou a ser uma torneira normal!

Por cá não tem havido grandes novidaddes, por isso espero por dias mais interessantes para escrever aqui no blog.

:)

Tuesday, August 08, 2006

Eis a prova que Argel é mais bonito de noite que de dia

Ora atentem bem às fotografias da mesma zona. Uma de dia e as outras duas de noite. O sítio, já devem conhecer. É a entrada da casa do Manuel e do Emanuel.


De dia.

De noite.
De noite parte II.

A famosa história, agora em fotografia.

Para verem como não exagerei quando disse que a torneira já não pingava mas escorria, aqui fica uma foto da dita. Se olharem com atenção vão ver aquele fenómeno chamado "Desperdício".

Finalmente... o Monumento dos Mártires. Agora de perto.

Ontem a noite fomos jantar ao pé do monumento dos mártires. É uma zona engraçada. Temos de atravessar uma coisa que se parece com um bosque que acaba numa escadaria que leva a uma praça. Essa praça tem uma série de restaurantes, para todos os gostos e para várias carteiras. Nós, por azar, fomos logo para o mais caro. Mas esteve-se bem. E aproveitei para fotografar o monumento. Visto ali ao lado, parece mais pequeno do que de longe. Penso que o facto de estar no topo de uma colina (qual cristo redentor do rio) ajuda. Aqui vai a foto:

A Renova está anos atrás!!

Eu ainda sou do tempo em que o papel higiénico era apenas de uma folha. Palha de aço e de pouca qualidade com elevados índices de probabilidade de rasgarem a meio do processo. Depois vieram os rolos de folha dupla, tripla e até com cheiro. Já vi por aí também rolos de papel higiénico com coisas escritas, com estampagens artisticas. E a líder (pelo menos de notoriedade) desta coisa, a Renova, até já lançou o papel higiénico preto. Mas nada disso supera os Argelinos. Olhando connosco com desdém, chamam-nos atrasados e dizem que o papel higiénico é coisa de bárbaro sujo e mal cheiroso. Eles usam isto:



Eu cá continuo a preferir os nossos métodos bárbaros :)

Saturday, August 05, 2006

Mas nem tudo foi mau esta noite

À parte dos meus fenómenos fisiológicos, a noite foi bem agradável. Aqui ficam umas fotos do centro de Argel lá do outro lado da baía. Estava bem longe, e ainda assim conseguia ver-se perfeitamente o monumento dos Mártires. Podem vê-lo (não tão bem na foto porque a máquina não tinha zoom suficiente) na primeira foto. Cliquem nela para ampliar e do lado esquerdo sobre as luzes brancas da marginal, voilà. Este monumento vê-se de facto de qualquer lado.


Tinha de acontecer...

Pois é... acontece a todo o europeu que vem até cá e eu não podia ser a excepção. Hoje tive um contacto de primeirissimo grau com aquilo que é o mais puro da natureza animal. Comida nova, temperos novos, temperatura nova, fins-de-semana em dias trocados... tudo isto tinha de ter alguma manifestação biológica por parte do meu corpo. E ao que parece, à primeira vista, o meu corpo também não gostou. Começou pela manhã. Um aperto inocente, um treme-treme suave. Percebi que a natureza me chamava, talvez impaciente pela espera de uma noite tranquila de sono. Levantei-me e segui tranquilamente até ao trono de marfim. Depois de uma pequena pausa para introspecção, passei ao habitual. Tomei um banho e preparei-me para sair. Afinal ia estrear o autocarro nas minhas deslocações para a EFACEC. Havia cheiro a aventura no ar. A viagem correu bem. Apanhei um autocarro até CheValley, mudei para outro com destino a El Byna. Andei a distância que separa a pseudo-paragem de autocarro da EFACEC com a inocência de quem procura beber o mais possível de um país totalmente novo. O meu corpo, percebendo que eu não estava de luto com ele, resolveu manifestar desagrado. Um novo safanão, desta vez mais forte, levou-me a procurar já com algum desespero um assento real na EFACEC. Encontrei-o. Foi naquele momento que me tornei solidário com o meu corpo. Nada de comidas. Almocei apenas uma saladinha sem molho algum e bebi uma coca cola. Ao longo do dia fui bebendo água. O meu corpo parecia satisfeito com o meu sacrifício, mostrando sinais de tréguas. No final do dia de trabalho, cheguei à COBA (se não sabem o que é já deviam saber, é a empresa portuguesa que fica ao lado de minha casa onde o Emanuel trabalha e onde simpaticamente me deixar ir a Internet). O meu corpo parecia agora de paz com o mundo. Tranquilo, sossegado, permitia-me encarar o resto do dia com um sorriso. Decidi então avançar com o combinado na noite anterior com o Manuel e com o Emanuel. Iriamos nessa noite jantar a um restaurante do outro lado da baía de Argel, nada mais do que a uns 50 km de nossa casa. Mal eu sabia que o meu corpo que aparentemente içara a bandeira branca era, tal como os argelinos, um gigante adormecido. Um vulcão à espera do momento certo para rebentar. Partimos de casa. A viagem de ida correu lindamente. Jantámos com vista para o centro de Argel do outro lado da baía. Uma posta de Peixe Espada grelhada com Batata cozida. Convinha não abusar. Ainda tinha na memória a revolta matinal da minha flora intestinal. De regresso dá-se a eclosão. Tal como uma bomba largada sobre a faixa de gaza, a primeira cólica arrastou consigo um turbilhão de implosões que mostravam que o Juízo Final estava mesmo aí a chegar. Previni o Emanuel para o facto. A viagem de regresso fez-se com uma rapidez tal que, sinceramente, não me lembro muito bem dela. Também estava entretido a fazer o papel de ONU, tentando alcançar uma trégua entre o meu corpo e a minha cabeça pouco previnida. A chegada à Coba aconteceu de forma um pouco atabalhoada. Como sempre acontece nestas situações, a chave nunca era a certa e a posição nunca era a correcta. Mas consegui finalmente entrar em casa e correr em busca do meu Trono Real que surgiu por trás da porta qual peça de obra de arte mundialmente aclamada. Naquele momento, todos os holofotes estavam virados para ela. E aí, fiz de novo as pazes com o meu corpo. Amanhã, desconfio que a Dimicina vai ser a minha melhor amiga.

P.S. - Epá realmente os meus comentários aqui no blog, de uma maneira ou de outra, contam sempre histórias de (mãe e pai fiquem por aqui) merda.

:)

Friday, August 04, 2006

Aos meus queridos amigos...

Que têm comentado aqui no blog que estão fartos de se rir com os meus posts. Não sei se acham que devo ficar satisfeito com o facto de se rirem com as minhas desgraças. Mas devo dizer-vos que não vou esquecer isso e vou pagar na mesma moeda quando vocês forem para um sítio pior que Argel. Hei... espera lá... não há um sítio pior que Argel. Bolas. Esqueçam... Continuem a rir. Ao menos haja alguém feliz com esta história. :P

Argel bainaite!

Esta noite fomos jantar a um restaurante Libanês. Comida bem boa. Comi o verdadeiro Shwarma (sic?) e umas entradas excelentes. O restaurante tinha uma boa vista sobre a baía de Argel. Uma baía pequenina... uns 70 km de uma ponta à outra. Só conheço uma Baía maior que esta... é a do Vítor! Bitinho és grande!! E temos também algumas fotos do obelisco do monumento dos Mártires. Continuo a prometer fotografias do dito falo mais de perto. Mas para já ainda não. :) Como se comentou durante o jantar... Argel é bem mais giro de noite. E não é difícil perceber porquê quando se está cá! hehe :)





Teorias ocidentais na Argélia que não metam religião e carne de porco II

Tinham-me dito que os Argelinos eram um povo fechado ao mundo ocidental. Então alguém me explica como é que nesta imagem, que tem 10 janelas, existam 15 parabólicas? Todas apontadas a Espanha, para apanhar o Satélite Ibérico. Estranho hã? E esta foto nem é a melhor. Já vi autênticas plantações de parabólicas por aqui. Depois fotografo melhor. Vamos então à teoria. Tenho visto que há mais parabólicas do que casas por aqui. Eu acho que isto é o espelho da vontade dos argelinos de fingirem que não estão... na Argélia. Aliás... acredito que para cada casa há no mínimo 3 parabólicas. Para o caso de uma avariar têm sempre duas de reserva. Assim nunca perdem o contacto com a sua vida artificial. Até porque, tendo em conta a rapidez com que as coisas se resolvem por aqui (vejam o episódio da torneira que ainda está por resolver) uma parabólica avariada é coisa para demorar 2 a 3 semanas só para ligar ao técnico. Depois o técnico precisa de mais 2 ou 3 semanas para ir e mais 1 ou 2 para arranjar o problema. Agora imaginem o que era os argelinos sem contacto com o mundo decente durante tanto tempo. Ainda corriam o risco de se lembrarem de onde estão. Pior! Ainda lhes podia dar vontade de melhorar o país deles. É que isso até era uma ideia porreira. O problema é que dava trabalho...

Thursday, August 03, 2006

O Sheraton é a loucura aqui da zona.

Esta noite fomos jantar com um pessoal da Coba. Estavam cá duas portuguesas que vieram para acompanhar um projecto. Uma delas queria ir sair um bocado. Vai daí eu e o Emanuel resolvemos acompanhá-la. Fomos até ao Sheraton. Entramos e parecia que ao mesmo tempo saiamos da Argélia. Bem... não totalmente. Havia dois elementos que nos lembravam onde estavamos: uma era a música (a mais conhecida e que pela reacção deve ser da moda foi a Miss You de Everything but the girl, sim aquela de há 10 anos atrás). A outra era a rapariga de Burka que dançava alegremente na pista. Ah! E havia também os homens argelinos.

O resto era só mulheres. Cada uma com mais decote que a outra ou com uma mini-saia mais curta que a amiga (juro que algumas só tinham um cinto mais grosso que o normal). Ora no meio daquilo estive divertido a tentar distinguir as prostitutas (algumas eram evidentes, outras não) das Argelinas que moram na França e estão cá de férias. Tudo sempre com muito cuidado não fosse algum argelino achar que eu estava a apreciar a namorada/mulher/irmã dele. Foi um programa engraçado. Uma hora chegou e bastou. Estou de volta a casa. Agora são 4 da manhã e está a dar a reza nos altifalantes da mesquita. Rezar às 4 da manhã? Só por aí já se vê que eu nunca podia ter nascido muçulmano. Estava sempre a pecar. hehe :)

Nova rubrica! Reclamos, Neons e outras coisas giras do género.

Pois é. Tenho este estranho hábito de criar rubricas que não sei se vão ou não ter continuação. Em todo o caso já ficam abertas para o que der e vier. Então cá vão as fotos:

Ela está em todo o lado!

E a concorrente também... mas mais adaptada hehe.


Olhó pronto a vestir da moda!!!!


To be continued...

A pedido de várias famílias...

Aqui estão as primeiras fotos da Argélia. Demorou mas foi. Não estão com grande qualidade (por causa de um problema técnico que já não vai acontecer nas próximas) e a maioria foi tirada do carro em andamento. Faz-se o que se pode. Depois eu ponho aqui fotos melhores. :)
A primeira foto na Argélia. Tirada à saída do aeroporto. Não ficou grande coisa mas também o ar condicionado do carro convenceu-me rapidamente a não fazer mais tentativas. :)

Esta é a vista da porta de casa. Lá ao fundo do lado esquerdo podem ver-se as bandeiras da UE e de Portugal. É a embaixada de Portugal que é mesmo ao pé de casa. Nunca se sabe quando pode dar jeito :P


Esta é uma mesquita que fica na praca Kennedy mesmo abaixo da casa. Podem ver o Minarete (escreve-se assim?), a torre que todas as mesquitas têm. A praça até é engraçada. Mas é uma confusão enorme que não se percebe na foto. Na torre há montes de altifalantes que 5 vezes por dia berram para toda a gente o chamamento para a reza. Às sextas passam também a reza. Não há como não ouvir.


Aqui está o Emanuel numa noite em que fomos jantar a um restaurante no porto chamado Dauphin. Recomendo o Espadon Grillé au Citron. O seu ar pensativo deve-se à angústia provocada pela jornada de trabalho que o esperava. Uma ida ao deserto mais passada na piscina do hotel que no trabalho em si. (Pai, mãe... parem de ler aqui). Sacana do #"$#$%#$% havia de lhe "#$%&#$ um #$%#$% no #$"#$! Sem ofensa Emanuel!! :)


Ainda no mesmo jantar, da direita para a esquerda (bem ao jeito Árabe): Eu (com a camisola do Madjer que já faz sucesso por aqui), o Manuel, o Emanuel, o Sofiane (o amigo/salvador/motorista da EFACEC que tem a camisola do sporting que o Manuel lhe ofereceu vestida) e um amigo do Sofiane cujo nome não faço ideia.

Não me perguntem o que é isto que não faço ideia mas achei giro.


Umas placas de sinalização da autoestrada (vá lá, ainda há algumas)

Este é o monumento aos Mártires. É uma espécie de obelisco gigante. Esta foi tirada bem de longe. Mas prometo melhores fotografias disto para breve.


Esta fotografia foi tirada na zona do porto.



E esta também.

Mais uma coisa que não faço ideia o que seja.

Um das centenas de polícias que andam nas ruas de Argel a controlar o trânsito (imagina se não tivessem polícias a fazer isso). Às vezes mandam parar para ver os documentos, outras não. É conforme lhes apetece.


Uma estátua não sei de quê.


Foi a única maneira que arranjei de fotografar uma mulher de burka sem correr o risco de ofender ninguém. Mas esta até mostra a cara. Não está mal...


Aqui com muito zoom à mistura podem ver a igreja a que eles chamam a Notre Damme de África

A Notre Damme de África lá ao longe.


Uma praça no centro de Argel.


Barcelona é já ali. Olha o Argelino a ter ideias...

Mais um jardim. Disso, verdade seja dita há muito.


Uns arcos mouros.


De novo na zona do porto

Idem aspas aspas.


Mais um jardim. O mesmo daquela estátua não sei de quê.


Mais um arco mouro.

O monumento aos Mártires lá ao fundo.


O Manuel feliz da vida com o seu novo bonequinho emissor de cheiro para o carro. (cada argelino devia ter um destes ao pescoço)


Mais uma rua com um edifício giro.

O mesmo edifício giro mas desta vez mais de perto.

E voilà! Foi o que se arranjou. Escusam de dizer nos comments "Vês? Argel até é bonito!" Devo dizer que me esforcei para tirar estas fotos :P Mas sim tem coisas giras. O problema é que logo ao lado tem coisas feias. Mas enfim... já me vou habituando a isto :)

As fotos não estão lá com grande qualidade. Um problema técnico que resolverei nas próximas fotos. :)